segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alugar ou não alugar, eis a questão...


A primeira edição do FEMUSC, em 2006, contou na abertura com a participação da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul (OFJS), lembro que tocaram o Maracatu de Chico Rei de Francisco Mignone.

Orquestra enorme com músicos de Jaraguá do Sul e região, inclusive músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná.

A OFJS apresentou também um concerto para oboé, de Mozart se não me engano, em que o solista foi o próprio Alex Klein. No momento da cadência o maestro deu a entrada errada pra orquestra, sendo corrigido pelo próprio Klein.

No ano seguinte (2007) a OFJS não participou da abertura, nem da programação. Só o maestro e alguns músicos se inscreveram. A Araucária Produções não era mais a produtora.

Terceira edição, o maestro da OFJS não era mais o diretor pedagógico do festival, assim como pouquíssimos músicos de Jaraguá e da Filarmônica participaram. Começaram a cobrar ingressos para as apresentações.

Comentava-se sobre um possível desentendimento entre maestro da OFJS e o diretor artístico do FEMUSC. Assim como uma consolidação do evento por parte dos patrocinadores e políticos (na época Luiz Henrique governador e Moacir Bertoldi prefeito).

Um instrumental monstruoso foi doado para a SCAR (17 harpas, tímpanos, marimba, vibrafone, tambores, pratos, bombo sinfônico e por aí vai), só que após o término do festival quando eu ia pedir para estudar um pouco de marimba ou tímpanos esse instrumental era do FEMUSC, ou melhor, do Instituto FEMUSC, necessitando uma autorização do mesmo para acessar os instrumentos de percussão.

Naquele ano (2008) o Instituto só funcionava durante o Festival. Acho que ainda hoje é assim. Mandei algumas mensagens de e-mail, quis participar de uma reunião com a diretoria da SCAR.

Escrevi ofícios para o gerente e para o presidente da SCAR (Udo Wagner), que foram entregues em mãos. 

Fui ignorado.

Então resolvi mudar o tom da conversa...

Quanto custa o valor do aluguel dos instrumentos? Daí a SCAR alugava, não necessitava nem de autorização do Instituto FEMUSC.

Segue o orçamento...

ORÇAMENTO ESPAÇO FÍSICO E INSTRUMENTOS MUSICAIS.
26/02/2010
ESPAÇO FÍSICO:  R$ 6.815,00
INSTRUMENTOS :  ref. 01 R$ 5.200,00  ref. 02 6.000,00
PEQUENO TEATRO – DIÁRIA – R$ 1.205,00 X 3 = R$ 3.615,00
SALA DE ENSAIO 227- PERÍODO- ( MATUTINO)  R$ 160,00 X 20 dias  =  R$ 3.200,00
Instrumentos  4 diárias ( 03 apresentações 01 ensaios ) =
ref. 01  - R$ 5.200,00  /  ref. 02  - 6.000,00
MATERIAIS – INSTRUMENTOS PERCUSSÃO.
SET TÍMPANOS  Colaneri R$ 650,00   
SET TÍMPANOS  Temppus R$ 850,00                      
MARIMBA R$ 450,00  
VIBRAFONE R$ 150,00                            
PAR DE PRATOS R$ 50,00                             

TOTAL  ref. 01  c/   Colaneri   R$ 1.300,00  ref.  02   c/ Temppus   R$ 1.500,00

OBSERVAÇÕES:     A locação de espaço físico e materiais está condicionada à agenda de eventos da SCAR

Obs.: Temppus e Colaneri são duas marcas de tímpanos produzidos no Brasil. No caso o set de tímpanos da Temppus são 5 tambores e da Colaneri 4.


A ideia inicial era apresentar 3 recitais no pequeno teatro, sendo necessário para a preparação do programa 20 dias de ensaios na própria SCAR com os instrumentos listados no orçamento. 

Caso eu desejasse fazer apresentações fora dos teatros da SCAR os valores seriam outros, mais caros, já que necessitaria do pagamento de seguro para retirada dos instrumentos.

Os valores são de fevereiro de 2010.

Segundo fonte segura a diária de uma harpa está em torno de R$ 1.500,00.

Até hoje não sei dizer a quem pertencem esses instrumentos. Quem recebeu como doação? A SCAR ou o Instituto FEMUSC? Ou foi doado para SCAR para ser usado no FEMUSC? Já ouvi isso também.

Nota: O endereço do Instituto FEMUSC é o mesmo da SCAR. 


Acredito que não é dessa maneira que se fomenta a cultura local.