quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Autor de blog responde também pelos comentários de seus leitores

A 1ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve sentença que condenou um blogueiro a indenizar um representante público, em R$10 mil, por danos morais, em virtude de ofensa à honra e à imagem do autor, a partir de comentários postados por leitores daquele espaço virtual. O juiz da comarca, localizada no Vale do Itajaí, disse que o responsável pelo instrumento tinha controle e poderia evitar postagens pejorativas.

De acordo com o processo, no espaço destinado a comentários acerca das matérias publicadas no veículo, independentemente dos fatos narrados serem verídicos, ou não, vieram a público xingamentos de ordem pessoal com o único fim de denegrir a imagem do autor. 

Mesmo assim, o blogueiro não excluiu o material repudiável. A apelação atacou a sentença e pediu sua reforma ou, pelo menos, a redução do valor da condenação.

Questionou o fato de o apelado insurgir-se somente contra certas partes dos comentários, exatamente aqueles que versavam sobre sua má administração pública. Apontou o político como interessado em utilizar o Judiciário tão somente para vingança pessoal e considerou estranho seu desinteresse em identificar os verdadeiros autores dos comentários ofensivos. 

Acrescentou que todos os homens públicos estão sujeitos a críticas.

A câmara, entretanto, vislumbrou ofensas pessoais e não relativas ao modo de exercer a função pública municipal, já que os termos utilizados provariam esse fato: “idiota”, “cérebro de legume”, “rapazola” , “incompetente”, “inepto”, “obtuso”, “futriqueiro”, “tem mau hálito”, “cavalgadura”, “mula”, “vagabundo” e “safado”.

“Cotejando os princípios da liberdade de imprensa e o direito a honra do apelado, tenho que no caso em questão esse último deve prevalecer considerando-se que os comentários foram redigidos com evidente “jus difamandi”, anotou a desembargadora substituta Denise de Souza Luiz Francoski, relatora da matéria. A decisão foi unânime (AC n. 2011.010930-2).


FONTE: TJSC

terça-feira, 27 de agosto de 2013

ECAD e Mais cultura nas escolas.

Após quase dois meses de silêncio, voltei. Numa próxima postagem vou explicar os motivos desse hiato. Duas notícias que agora podem ser consideradas antigas, mas que não podem ser ignoradas.




Aprovado no Senado texto que estabelece novas regras para atuação do Ecad

O Plenário do Senado Federal aprovou quarta-feira (03/07), o PLS 129 que estabelece novas regras para a cobrança, arrecadação e distribuição dos direitos autorais. Pelo texto, pelo menos 85% da arrecadação passam a ser distribuídos aos titulares dos direitos, entre os quais os compositores e intérpretes. Agora o texto segue para votação na Câmara. A aprovação ocorreu após uma tarde de intensas negociações lideradas pela ministra da Cultura Marta Suplicy e representantes da classe artística, como Roberto Carlos, Fafá de Belém e Caetano Veloso. O grupo acompanhou a votação da matéria da Comissão de Constituição e Justiça, negociou para que a votação fosse realizada no Plenário da Casa ainda hoje e se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff para falar sobre o tema. "Se o projeto for aprovado será sancionado", afirmou a presidenta diante dos artistas. Para a ministra, a aprovação é uma grande vitória da classe artística brasileira. "É preciso ter uma transparência do órgão que faz a arrecadação e hoje em dia o que vemos é uma grande caixa preta".

Fonte: Rede Marketing Cultural.

Comentário: Mudaram as regras do ECAD e sequer convidaram os artistas a participarem da discussão. O governo acha que criando mais um órgão fiscalizador (e mais uns duzentos cargos comissionados), vai acabar com a palhaçada que acontece com os direitos autorais de artistas não globais. Essa lei só vai beneficiar os usuários de direitos autorais (televisões, rádios, empresas de telefonia, publicitários, etc.). Quem nunca ouviu falar de Creative Commons? Até eu já caí nessa ilusão, mas sempre dá tempo para acordar. Das execuções fraudulentas ninguém fala nada? Do “Jabá” que os empresários de duplas de sertanejo universitário pagam para ter suas músicas tocadas em todos os períodos nas rádios? Como fica essa arrecadação de direito autoral? Vai ser da porcentagem dos shows realizados após as execuções radiofônicas? O pior é ter gente com esperança de que isso vá melhorar a vida dos artistas anônimos que dependem de suas obras para sobreviver. Pelo menos toda essa galera que fez campanha para candidatos a governador terá um “carguinho” garantido com esse novo órgão fiscalizador.



Prorrogadas as inscrições para o Programa Mais Cultura nas Escolas
Os ministérios da Cultura e da Educação prorrogaram para até 10 de agosto, o prazo para as inscrições no Programa Mais Cultura nas Escolas. O Programa está recebendo inscrições de todo o país de projetos de atividades culturais que serão desenvolvidas em parcerias com escolas públicas que integram os Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador do Ministério da Educação. Todas as escolas públicas do Mais Educação e Ensino Médio Inovador, contempladas em 2012, além de artistas e iniciativas culturais, poderão inscrever e enviar projetos do Mais Cultura nas Escolas via Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação.



Fonte: Rede Marketing Cultural.

Resumo do programa:

1.         O Ministério da Cultura e o Ministério da Educação lançaram no dia 21 de maio o Programa “Mais Cultura nas Escolas”.

2.         Mais Cultura nas Escolas é o encontro de iniciativas culturais e escolas públicas de todo o Brasil, para democratizar o acesso à cultura e contribuir à qualificação do ensino básico. Artistas, mestres das culturas populares, cinemas, pontos de cultura, museus, bibliotecas, arte educadores e outras iniciativas culturais podem elaborar Planos de Atividade Cultural em diálogo com projetos pedagógicos e eixos temáticos do Mais Cultura nas Escolas.

3.        As atividades serão desenvolvidas dentro ou fora da escola por no mínimo 6  (seis) meses, valendo-se das mais diversas linguagens artísticas (música, teatro, audiovisual, literatura, circo, dança, contação de histórias, artes visuais, etc.) e manifestações da cultura (rádio, internet, jornal, culinária, mitologia, vestuário, mestre e saberes populares, etc.).

4.         Poderão se inscrever 34mil escolas ativas nos Programas Mais Educação  e Ensino Médio Inovador (MEC) até 2012. As inscrições serão feitas por meio do SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação). Serão selecionados 5 mil projetos em 2013.

5.         Os projetos contemplados receberão valores entre R$ 20 mil e R$ 22 mil, calculados conforme o número de alunos matriculados na escola, que poderão ser gastos também na contratação de serviços culturais necessários às atividades artísticas e pedagógicas. Os recursos serão pagos via PDDE/ FNDE (Programa Dinheiro Direto na Escola/ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) sendo, portanto, repassados direto às escolas. Tanto iniciativas culturais como escolas poderão inscrever somente um único projeto, elaborado conjuntamente com um(a) único(a) parceiro(a).

Comentário: Tentei me inscrever nesse programa, mas para minha perplexidade, das 30 escolas municipais que Jaraguá do Sul possui, apenas duas estão cadastradas: Luiz Gonzaga Ayroso e Helmuth Guilherme Duwe. No programa Ensino Médio Inovador, apenas a Escola Abdon Batista está inscrita.

Vergonha total! A lista é do mês de julho deste ano, pode ser que mais uma ou outra escola tenha se inscrito, mas acho difícil. Pelo jeito o pessoal viciou em editais mais simples e lei Rouanet, afinal de contas, em Jaraguá do Sul está sobrando dinheiro!

Abriu concurso público para vaga de professor de artes.


Professor de artes pode dar aula de música, agora experimenta colocar um professor de música para dar aulas de artes...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Alguns editais...

Instrução Normativa 1, de 24 de junho de 2013.  


O Ministério da Cultura realizou alterações nos procedimentos do mecanismo de incentivo fiscal da Lei Rouanet. As novas regras já estão em vigência e englobam processos da apresentação, recebimento, análise, aprovação, execução, acompanhamento e prestação de contas de propostas incentivadas.

A partir de agora, o proponente, que tinha a remuneração limitada a 10% do valor do projeto ou o teto de R$ 100 mil, pode receber por serviços prestados, desde que fique comprovado que o serviço seja o mais econômico.

A instrução normativa amplia de 15% para 20% o limite de valores que podem ser remanejados no projeto sem a necessidade de autorização prévia do MinC.

Também foi ampliada a complementação de recursos para execução de um mesmo projeto de 25% para 50% do valor já aprovado. Em relação às entregas, a IN estabelece a doação obrigatória de no mínimo 10% dos produtos gerados pelo projeto para a população de baixa renda. A nova regra prevê também que 20% dos produtos culturais sejam comercializados por até R$ 50 – valor do Vale-Cultura.

Fonte: Rede Marketing Cultural.

Em abril do ano passado fiz um texto questionando a aplicação desta lei em editais municipais http://www.ederw.blogspot.com.br/2012/04/o-valor-do-artista-continuacao.html

Já tá na hora do Conselho Municipal de Cultura de Jaraguá do Sul rever essa norma para os próximos editais, pois segundo o e-mail do ex-conselheiro, o Fundo Municipal segue as leis do Ministério da Cultura.

Essa complementação de recursos ampliada para até 50% do valor já aprovado deve ter sido inspirada nas obras para a Copa do Mundo, só pode. Vai ter proponente aproveitando a brecha para faturar, principalmente esses artistas de televisão que usam a Lei Rouanet para gravar cd, DVD, fazer turnês e filmes do Lula.

Mudando de assunto.

Concurso público:

Por um acaso olhei um edital de concurso público para a Prefeitura de Itapiranga – SC.



O que me chamou a atenção:


1° A diferença de R$ 330,00 (trezentos e trinta reais), de um instrutor com ensino médio para um instrutor com ensino superior é um bom argumento para eu incentivar alguém a frequentar um curso superior de música.

2° Ensino superior em qualquer área. Quer dizer que qualquer pessoa com curso superior pode ser instrutor de música?

Pior é ler as atribuições do cargo para Instrutor de Música Nível 1 e 2 e ver que são idênticas. A prova também terá o mesmo conteúdo, segundo o edital.

Para quem quiser tentar as inscrições seguem até o dia 09 de agosto, as provas serão aplicadas dia 17 de agosto.

Detalhe: haverá prova prática para os candidatos a instrutores de música, que consiste na apresentação de uma peça musical instrumental de até 6 minutos. Cantores já estão descartados!

Uma vez num curso de Capacitação do Ministério da Cultura, um dos participantes disse que cantor não era músico. Daí eu perguntei: Ué, mas quem se forma em bacharelado em música, opção canto é o quê?

Acho que esse participante do curso deve estar na comissão organizadora do concurso público citado.

Isso que estamos no século 21.

Edital Elisabete Anderle

Terça-feira, dia 09/07, encerraram as inscrições para o Edital de estímulo a cultura Elisabete Anderle. 

Encaminhei um projeto e como deixei para a última hora, li o edital com mais atenção apenas nos últimos dias.

Em nenhum lugar do edital foi exigido que os proponentes ou artistas participantes dos projetos encaminhassem currículos, assim como limites de autorremuneração, de valores com material gráfico, ou de informações necessárias para a elaboração do projeto.

Nada. O edital deixa a entender que qualquer pessoa que tiver alguma ideia mirabolante de fim de semana e uma tarde para arrumar os documentos e preencher duas páginas de Word, pode concorrer em igualdade com artistas ou empresas que praticamente vivem de elaboração de projetos culturais.

Também não incentiva a realização de oficinas, workshops, seminários, master classes, muito menos festivais ou encontros. O próprio edital oferece produtos culturais prontos e com os seus respectivos preços. Algo muito democrático e inspirador.

Muito perigoso esse tipo de conduta. Ainda mais num estado que mantêm instituições como as Secretarias de Desenvolvimento Regional.

Cultura em Santa Catarina tá virando comédia, ou já era e só agora eu me liguei nisso.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Música ou literatura, ou os dois?

No dia 11 de maio li a seguinte resolução:





No dia 13 de junho recebo o seguinte e-mail:




E no dia 24 de junho vejo no Facebook:




Fiquei confuso, pelas notícias entendi que um projeto classificado como sendo de literatura foi aprovado pelo Conselho Municipal de Cultura (ConCultura), como projeto de música. Ou o contrário. 

Consultei o Edital 03/2012 do Fundo Municipal de Cultura, afinal o quê, segundo o edital, distingue um projeto musical de um projeto de literatura.








Comparando o que usei como fonte para avaliação do projeto e a divulgação do mesmo, o referido projeto não se encaixa como um projeto exclusivamente de literatura.

Dependendo da descrição contida no projeto original, que eu não faço a mínima ideia, o projeto pode ser um evento literário, ou evento cultural, ou ainda, pelo uso da expressão “poético-musical”, apresentada na arte acima, como sendo um projeto de artes integradas. Que convenhamos, seria a área mais apropriada.

O que me chateia é que já foram poucos projetos de música aprovados, e ainda um deles, pelas informações recebidas, se encaixa em outra área. Nada contra a Bel, conheço ela e um pouco do seu trabalho.

O objetivo dessa postagem não é denegrir nenhum artista e muito menos projetos culturais. Quem sou eu para fazer isso?

Fico pensando quantos projetos deixaram de ser aprovados por não se enquadrarem em determinada área. Será que a Resolução 07/2013 trocou de área o projeto? Pode ser. Os projetos que foram aprovados nessa resolução tinham interposto recurso e parece que foi tudo as pressas, então alguém pode ter digitado errado.

Geralmente meu sobrenome é digitado errado nessas resoluções. Erros acontecem.

E se não foi? O ponto chave da questão é quem avaliou o projeto? Na leitura da descrição do projeto não identificaram que não é apenas um projeto musical, mas poético-musical?  Ou isso não estava explícito no projeto?

Tem pessoas que escrevem projetos mirabolantes, mas que na hora da execução são coisas simples, o tradicional mais do mesmo, apenas rotulado de maneira diferente. Assim como projetos simples, mas com produtos interessantíssimos, até certo ponto, indescritíveis dentro do formulário que somos obrigados a preencher para participar de um edital.

A iniciativa da Bel é interessantíssima e apropriada para o momento.

Acredito que o espetáculo do próximo sábado será o mesmo que foi aprovado pelo ConCultura.

E se está dentro da programação que foi aprovada no projeto, falta divulgar que o espetáculo é financiado com dinheiro público.

Às vezes a inclusão ou exclusão de uma palavra pode mudar completamente o rumo da discussão.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

3ª Conferência Nacional de Cultura



A Secretaria de Articulação Institucional (SAI), do Ministério da Cultura, criou um hot site para divulgar os temas relativos à 3ª Conferência Nacional de Cultura. 

O endereço da página é www.cultura.gov.br/3cnc O hot site é o local onde serão disponibilizadas todas as informações sobre a Conferência. 

Os gestores públicos, produtores culturais e a sociedade em geral poderão consultar o Regimento Interno da 3ª CNC, o texto-base, as minutas de documentos e as guias para a realização das etapas municipais e estaduais. 

Também estará disponível no hot site um calendário com as datas de realização das conferências municipais e estaduais. 

A 3ª CNC será em Brasília, entre 26 e 29 de novembro. 

A SAI pede para que todos os interessados nas conferências acompanhem as informações constantes no hot site e participem dos encontros nos municípios e nos estados, quando serão escolhidos os representantes da sociedade civil que participarão da etapa nacional, em novembro, em Brasília.

Fonte: Rede Marketing Cultural.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Edital Elisabete Anderle 2013



Após 4 anos de falta de comprometimento do governo estadual com a cultura catarinense, eis que surge a segunda edição do Edital Elisabete Anderle, erroneamente intitulado como Prêmio Elisabete Anderle de estímulo a cultura.

Erroneamente denominado Prêmio porque o montante destinado ao Edital, R$ 7.200.000,00 (sete milhões e duzentos mil reais), provém do FunCultural, ou seja, uma verba já instituída para a cultura. Então é edital mesmo!

Os 7 milhões de reais financiarão 188 projetos nas categorias Teatro, Música, Artes Populares, Patrimônio Cultural, Artes Visuais, Dança e Letras.

Uma novidade é a distribuição de valores para a aquisição de passagens aéreas para intercâmbios: serão 180 contemplados para destinos nacionais e outros 92 para internacionais.

A verdade é que após a primeira edição, nenhum dos secretários de cultura (Gilmar Knaesel em 2009, Valdir Walendowsky em 2010, Cezar Souza Júnior em 2011, José Natal Pereira em 2012), que assumiram a pasta, se preocuparam com a periodicidade do edital, fato que contribui para a sua não realização ano passado.

Agora o atual secretário Beto Martins, apenas deu prosseguimento a um edital que literalmente ficou quase 4 anos mofando em alguma gaveta da Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte (SOL).

Será estranho se a partir de 2013 esse edital torne-se periódico. Apenas demonstrará uma falta de planejamento tremenda por parte das autoridades, pois ainda não está claro se o edital é anual, bienal, trienal, etc.

Ano passado já havia comentado a respeito disso na postagem a seguir:


Com a não realização do Edital Elisabete Anderle em 2012, o FunCultural teve a sua disposição aproximadamente 10 milhões de reais para investir, ou gastar, com projetos culturais.

As inscrições são gratuitas e vão até o dia 09 de julho. Entrega dos projetos pelos Correios ou pessoalmente na Fundação Catarinense de Cultura. Mais informaçòes:



Detalhe importantíssimo: O prêmio é livre de imposto de renda!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Resultado do Fórum do Conselho Municipal de Cultura

Na terça-feira (28.05), aconteceu nas dependências do Museu Histórico Emílio da Silva, a escolha dos próximos Conselheiros Municipais de Cultura de Jaraguá do Sul, gestão 2013-15.

A reunião iniciou com a palavra da Secretária do ConCultura, Laci Felippi, e do presidente da Fundação Cultural, Leone Silva, explicando a situação atual da autarquia.

Problemas com documentação, funcionários com desvio de função, parque de eventos interditado, auditoria, orçamento reduzido, sua escolha como presidente da FC, atividades até agora realizadas, os projetos aprovados pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC) não precisarão aguardar a aprovação da câmara de vereadores para receberem o recurso, o Prêmio Elisabete Anderle, foram alguns dos temas que o atual presidente apresentou aos eleitores e candidatos presentes.

Aproximadamente 70 pessoas compareceram.

A atual situação da FC merece uma postagem a parte, assim como o Prêmio Elisabete Anderle.

A área de música contou com a participação de 10 pessoas. Sendo a área que mais apresenta projetos para o FMC, pode-se dizer que foi um número bem abaixo do esperado. A reunião realizada em 2011 contou com 19 pessoas.

A área de música vai ser representada nos próximos 2 anos pela Bruni Hübner Schwartz, eleita conselheira titular e Enéias Raasch, eleito conselheiro suplente. A eleição foi unânime, todos os eleitores presentes concordaram ser representados pelos candidatos citados.

A Bruni participou das últimas reuniões do ConCultura como forma de preparação, além de ter projetos aprovados e também reprovados desde que o Fundo começou a realizar editais a partir do ano de 2009.

O Enéias já foi conselheiro suplente da área de música na fase pré-edital. Também teve projetos aprovados e reprovados. Esse fato de já ter participado do Fundo, tanto em reuniões, como com projetos, permite ao futuro conselheiro ter uma visão mais equilibrada de como funciona o sistema e discutir os prós e contras da seleção de propostas culturais.

De acordo com Laci Felippi, devido ao número insuficiente de participantes da área de artes visuais e artesanato, não foram definidos seus representantes, sendo convocado fórum específico para eleição de conselheiros para este segmento cultural. Para as demais áreas estão eleitos os seguintes conselheiros: associações étnicas, Rubia Friedemann Torres (titular) e Ana Maria Badura (suplente); dança, Oseas Lourenço da Silva (titular) e Márcio Padilha (suplente); entidades de formação e promoção cultural, Edilma Lemanhê (titular) e Lucas Adolfo Baumer (suplente); literatura, José Augusto Caglioni (titular) e Charles Schauffert (suplente); teatro, Rubens Franco (titular) e Vinícius da Cunha (suplente).
Dia 11 de junho, às 9 horas da manhã, na sala de reuniões da Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, será a posse dos conselheiros eleitos.

Espero que sejam coerentes no debate a respeito dos próximos editais, que apresentem propostas interessantes para o ConCultura e que terminem o mandato.

Agora quero refletir a respeito de algumas bobagens que a gente acaba ouvindo nessas reuniões.

1-O FMC cresceu muito nos últimos anos. O último edital teve mais de 150 projetos inscritos.

Claro, foi permitido cada proponente encaminhar até 4 projetos, sendo que no máximo dois seriam aprovados. No caso da música foram 43 proponentes para 54 projetos. Teve muitas propostas em nome do irmão, esposa, amigo, alunos e ex-alunos. Metralhadoras, atirando para tudo quanto é lado. É engraçado depois ouvir dessas pessoas que elas não dependem do FMC para sobreviver.

Uma maneira coerente de avaliar o crescimento do FMC é analisando a quantidade de pessoas que foram beneficiadas, não com os projetos, mas com os produtos resultados das propostas que foram aprovadas e executadas.

Já vi e inclusive participei de projetos onde eram esperados 50 a 100 participantes como público e no dia comparecerem apenas 5 amigos. Sei que isso ainda ocorre, então fica a pergunta: a quantidade de projetos encaminhados realmente comprova o crescimento do Fundo? Pela divulgação que ocorre, não!

Há divulgação para inscrever projetos, depois que eles são aprovados tem um ou outro que divulga em jornais e rádio, mas a maioria prefere depender de rede social e no vai que dá...

Na fase de elaboração do projeto temos de colocar uma estimativa de público, nunca vi, nem ouvi algo a respeito da quantidade de público que cada edital lançado esperava atingir com os projetos aprovados.

2-Divulgação dos pareceristas não precisa ser feita, é só entrar em contato com a Fundação e se informar.

Custa colocar um link no site da Fundação Cultural, após o resultado do edital, com o nome das pessoas que deram os pareceres técnicos e com a formação de cada uma?

Ou é preferível responder mais de 100 mensagens de e-mail ou ligações para responder a mesma pergunta?

Nos primeiros editais essas pessoas foram apresentadas. Ultimamente nem os conselheiros sabem.

Se alguém souber quem foram os pareceristas que avaliaram os projetos do Edital 03/2012, por favor, coloque nos comentários.

3-Meu projeto não foi aprovado porque faltou um documento que foi apresentado. 

O pior é ouvir isso de um ex-conselheiro e ele não ter feito nada. E depois comentar que acha que o projeto não foi aprovado devido a problemas com endereço da sede da entidade, sendo que a entidade é declarada de utilidade pública municipal. O referido projeto era o mesmo que já tinha sido aprovado em edital anterior, pois o título já demonstrava.

Faltou documento que tinha sido apresentado junto com o projeto e não sabe o motivo do indeferimento da proposta. Estávamos bem de conselheiro.

A Lei 4845/2007 diz:

Art.5º À Comissão de Análise compete:

§4º Os proponentes serão comunicados oficialmente de incorreções técnicas, do deferimento ou do indeferimento do projeto.

A Lei 5293/2009 diz:

Art.6º Ao Conselho Municipal de Cultura compete:

§4º O Conselho Municipal de Cultura, após o exame do projeto, emitirá parecer conclusivo, considerando-o ou não apto a receber o apoio financeiro do Fundo, sendo o proponente notificado da decisão do Conselho, facultando-se-lhe vistas do processo.

4-Audiovisual não tem conselheiro. Projetos para a área Audiovisual são apresentados desde o Edital 01/2010. O primeiro edital do FMC saiu em 2009, quer dizer que há 3 anos são apresentados projetos para essa área que nem representada está? Em média são aprovados de 4 a 5 projetos de audiovisual por edital. Será que ainda precisa de um conselheiro ou adicionar um representante específico para essa área? 

Qual conselheiro estava dando pareceres para esses projetos? Teriam condições de dar pareceres, ou de questionar os valores dos projetos assim como são questionados os valores dos projetos de música e outras áreas?

Lembrando que o conselho é paritário, então se a sociedade civil requerer um representante para a área de audiovisual, outro do poder público terá de compor o ConCultura.

5-Conselheiro pode apresentar projeto? Como fica a prestação de contas dos projetos apresentados por ele anteriormente a se eleger conselheiro?

A Lei 5293/2009 diz:

Art.30. É vedada a apresentação de projetos individuais para recebimento de subvenção do Fundo Municipal de Cultura pelos membros do Conselho Municipal de Cultura, servidores da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e da Secretaria Municipal do Turismo, Cultura e Esporte.

Só faltou incluir os servidores da Secretaria da Assistência Social. Tem gente que pensa que pode enganar todo mundo o tempo todo.

O que diz a Resolução 03/2011/ConCultura Jaraguá do Sul de 28 de setembro de 2011.

Art. 1º – Que os conselheiros do Conselho Municipal de Cultura, deverão se ausentar e se abster do voto, quando do seu interesse particular ou do órgão ao qual representam, no tocante aos processos da Ordem do Dia.
  
6-Posso participar em reuniões do ConCultura com direito a voz?

O que diz o Regimento interno do Conselho Municipal de Cultura:

Art.11. O Plenário reunir-se-á, ordinariamente, em sessão plena, mensalmente, independente de convocação, conforme calendário aprovado na última reunião do ano anterior.

§3º Desde que autorizada pelo Plenário, qualquer pessoa poderá participar, com direito apenas a voz, nas reuniões do Conselho.

Percebo que tem um pessoal que tem medo de dizer a frase: Eu não sei. E um outro pessoal que não gosta de ler.

Daí acaba inventando procedimentos e leis na hora só para dar um ponto final a discussão.

Se eu fosse conselheiro só participaria de todas as reuniões com todas as leis e resoluções embaixo do braço para não ficar no achômetro.


Posso estar errado? Sim, pois o site do Conselho Municipal de Cultura não está atualizado. Se outras resoluções foram criadas após 2011 eu não sei, só me baseio no material que eu tenho a disposição.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ideias para o Conselho Municipal de Cultura



A reunião para escolha do novo Conselheiro Municipal de Cultura (ConCultura) da área de música, acontecerá amanhã, terça-feira (28.05), às 19 horas, no Museu Histórico Emílio da Silva.

Continuando o que prometi na semana passada, mais algumas ideias para serem implantadas nas próximas reuniões do ConCultura:

1-Criação de uma plataforma virtual para cadastramento de eleitores e candidatos para o cargo de conselheiro municipal de cultura.

2-O mesmo cadastro deve ser aproveitado para proponentes de projetos culturais, algo semelhante ao Salic Web e Funcultural. A participação em editais culturais vai depender da participação dos proponentes nas eleições para conselheiro. Ao menos essa foi a única maneira que encontrei de evitarmos eleitores, candidatos e proponentes “turistas” (pessoas que você só descobre que é artista quando tem a lista com os projetos homologados, com as típicas propostas “vai que é aprovado”).

3-Todas as prestações de contas pedem fotos, vídeos, folders, etc. Está na hora de disponibilizar esse material no mundo virtual. Não as notas fiscais e recibos, mas apenas o material que comprove que o projeto foi realizado. Está na hora de atualizar o site do ConCultura, não apenas com atas e resoluções, mas com a lista de todos os projetos aprovados até o momento e material que comprove a sua realização.

4-Projetos de audiovisual, gravação de cd, DVD, livros, e afins, após o seu lançamento deveriam ficar disponíveis para download ou pelo menos para visualização/audição de forma gratuita na internet. Não é dinheiro público? E se possível disponível no mesmo site do ConCultura. Isso permite que pessoas de outros estados e países saibam o que está acontecendo na cena cultural de Jaraguá do Sul.

5-Curso ou oficina de elaboração de propostas culturais. Já que no último edital dezenas de projetos foram indeferidos por apresentarem erros, está na hora do ConCultura oferecer um curso de capacitação em projetos culturais, mas com pessoal “top” (Fundação Getúlio Vargas ou Itaú Cultural). Projeto cultural é algo bem diferente de preencher formulários.

6-Revisar a questão do Fundo não aprovar projetos sequenciais ou de continuidade, projetos que deram certo merecem ser continuados, assim como permitir que um projeto possa percorrer todas as escolas ou bairros de Jaraguá do Sul. Projetos de formação de público não dão resultados em apenas alguns meses ou um ano.

7-Criar um grupo musical estável (Orquestra sinfônica municipal, ou uma banda sinfônica municipal, ou uma banda marcial municipal, ou todas!). Mas já existe uma banda municipal! Sim, mas agora ela está tocando? Quem está trabalhando lá? É um projeto de banda ou uma banda que ensaia regularmente sem depender de projetos ou de algum “jeitinho” brasileiro para colocar alguém lá para garantir um “extra”? O pouco que eu li da lei que institui o Fundo Municipal de Cultura isso não é impossível, basta o Conselho abraçar a ideia, definir as pessoas que vão encabeçar o projeto e os profissionais para desenvolverem o trabalho. Mas profissionais mesmo, e de preferência gente imparcial. Lugar Jaraguá tem de sobra, nem que o local de ensaio seja embaixo de uma arquibancada da Arena “UFC” Jaraguá. É um começo. Mas por favor, comecem do zero que é melhor! Não curto a ideia de pegar bandas capengas e apenas jogar o título municipal e achar que resolveu a questão.

8-Rever a questão da remuneração dos proponentes de projetos ficar limitada a 20% do valor total da proposta. Não me obriguem a ter de colocar num projeto simples, do tipo tocar na frente do Museu Municipal, 3 ou 4 pessoas além de mim para eu poder receber um cachê decente. Ou, mandar o projeto em nome de outra pessoa e obrigá-la a me contratar.

9-O cadastro cultural. Pelo menos os proponentes de projetos, aprovados ou não, deveriam receber mensagens de e-mail comunicando as datas com reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Municipal de Cultura. Fez um ano no dia 17 de março que aconteceu o I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul, e lá foi combinado que esse cadastro cultural seria criado.

10-Incubadora de projetos culturais. Algo parecido com o que acontece na Jaraguá Tech. Existem dezenas de pessoas com ideias interessantes na área cultural, mas simplesmente não sabem como colocá-las no papel. Ou se sabem não tem paciência (tempo) para formatá-las.

Claro que em 2 anos tudo o que foi apresentado não será criado. É algo a longo prazo, assim como todas as metas propostas no I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul do ano passado, onde a maioria das propostas vem se arrastando desde 2007.


Última dica para os futuros conselheiros: Conselho Municipal de Cultura não foi criado só para aprovar projetos.