quinta-feira, 1 de março de 2012

Postagem inaugural, crítica construtiva...


Reflexões sobre o FEMUSC

O que houve com os grupos de música instrumental de Jaraguá do Sul? Não vi a participação de nenhum durante todo o Festival de Música de Santa Catarina! Quando digo participação é uma apresentação como destaque durante a programação oficial do evento.

Nem Orquestra de cordas da SCAR (que estava em turnê pela Europa), nem Orquestra Filarmônica da SCAR - Jaraguá do Sul, nem Banda Municipal de Jaraguá do Sul, nem grupos de câmara e demais associações musicais presentes na cidade.

No próximo ano o FEMUSC vai para a sua oitava edição, será que até lá vamos ter um grupo com nível técnico suficiente para se apresentar no festival ou a interferência do ego de algumas pessoas vai impedir?

Vamos nos contentar com a distribuição de bolsas para integrantes de alguma associação musical da cidade? Como fica o aprendizado deles durante o resto do ano? Dependente da aprovação de algum projeto? De patrocínio? Paitrocínio?

Sete anos de FEMUSC já se passaram e Jaraguá ainda não possui um corpo musical profissional estável. 

Refiro-me a uma Orquestra, independente de ser sinfônica ou de câmara, ou uma banda sinfônica ou marcial, com músicos recebendo salário, registrados em carteira e que apresente para a comunidade uma programação para o ano todo.

Vejamos o exemplo de Joinville.

Todo ano acontece o Festival de dança de Joinville, isso foi decisivo para a criação da primeira Escola do Teatro Bolshoi fora da Rússia. E em Jaraguá, será que algum dia teremos uma escola de música ou uma orquestra sinfônica da grandeza do Ballet Bolshoi?

Enfim, qual a contribuição social do FEMUSC para a cidade? No meu ponto de vista poderia ir além de meia dúzia de bolsas para alunos residentes na cidade e dezenas de concertos diários gratuitos durante as duas semanas de festival.

Como fica a música erudita de Jaraguá pós-FEMUSC? Quando veremos uma orquestra sinfônica se apresentar novamente por aqui?

Eder Rodrigo Witkowsky