segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ideias para o Conselho Municipal de Cultura



A reunião para escolha do novo Conselheiro Municipal de Cultura (ConCultura) da área de música, acontecerá amanhã, terça-feira (28.05), às 19 horas, no Museu Histórico Emílio da Silva.

Continuando o que prometi na semana passada, mais algumas ideias para serem implantadas nas próximas reuniões do ConCultura:

1-Criação de uma plataforma virtual para cadastramento de eleitores e candidatos para o cargo de conselheiro municipal de cultura.

2-O mesmo cadastro deve ser aproveitado para proponentes de projetos culturais, algo semelhante ao Salic Web e Funcultural. A participação em editais culturais vai depender da participação dos proponentes nas eleições para conselheiro. Ao menos essa foi a única maneira que encontrei de evitarmos eleitores, candidatos e proponentes “turistas” (pessoas que você só descobre que é artista quando tem a lista com os projetos homologados, com as típicas propostas “vai que é aprovado”).

3-Todas as prestações de contas pedem fotos, vídeos, folders, etc. Está na hora de disponibilizar esse material no mundo virtual. Não as notas fiscais e recibos, mas apenas o material que comprove que o projeto foi realizado. Está na hora de atualizar o site do ConCultura, não apenas com atas e resoluções, mas com a lista de todos os projetos aprovados até o momento e material que comprove a sua realização.

4-Projetos de audiovisual, gravação de cd, DVD, livros, e afins, após o seu lançamento deveriam ficar disponíveis para download ou pelo menos para visualização/audição de forma gratuita na internet. Não é dinheiro público? E se possível disponível no mesmo site do ConCultura. Isso permite que pessoas de outros estados e países saibam o que está acontecendo na cena cultural de Jaraguá do Sul.

5-Curso ou oficina de elaboração de propostas culturais. Já que no último edital dezenas de projetos foram indeferidos por apresentarem erros, está na hora do ConCultura oferecer um curso de capacitação em projetos culturais, mas com pessoal “top” (Fundação Getúlio Vargas ou Itaú Cultural). Projeto cultural é algo bem diferente de preencher formulários.

6-Revisar a questão do Fundo não aprovar projetos sequenciais ou de continuidade, projetos que deram certo merecem ser continuados, assim como permitir que um projeto possa percorrer todas as escolas ou bairros de Jaraguá do Sul. Projetos de formação de público não dão resultados em apenas alguns meses ou um ano.

7-Criar um grupo musical estável (Orquestra sinfônica municipal, ou uma banda sinfônica municipal, ou uma banda marcial municipal, ou todas!). Mas já existe uma banda municipal! Sim, mas agora ela está tocando? Quem está trabalhando lá? É um projeto de banda ou uma banda que ensaia regularmente sem depender de projetos ou de algum “jeitinho” brasileiro para colocar alguém lá para garantir um “extra”? O pouco que eu li da lei que institui o Fundo Municipal de Cultura isso não é impossível, basta o Conselho abraçar a ideia, definir as pessoas que vão encabeçar o projeto e os profissionais para desenvolverem o trabalho. Mas profissionais mesmo, e de preferência gente imparcial. Lugar Jaraguá tem de sobra, nem que o local de ensaio seja embaixo de uma arquibancada da Arena “UFC” Jaraguá. É um começo. Mas por favor, comecem do zero que é melhor! Não curto a ideia de pegar bandas capengas e apenas jogar o título municipal e achar que resolveu a questão.

8-Rever a questão da remuneração dos proponentes de projetos ficar limitada a 20% do valor total da proposta. Não me obriguem a ter de colocar num projeto simples, do tipo tocar na frente do Museu Municipal, 3 ou 4 pessoas além de mim para eu poder receber um cachê decente. Ou, mandar o projeto em nome de outra pessoa e obrigá-la a me contratar.

9-O cadastro cultural. Pelo menos os proponentes de projetos, aprovados ou não, deveriam receber mensagens de e-mail comunicando as datas com reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Municipal de Cultura. Fez um ano no dia 17 de março que aconteceu o I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul, e lá foi combinado que esse cadastro cultural seria criado.

10-Incubadora de projetos culturais. Algo parecido com o que acontece na Jaraguá Tech. Existem dezenas de pessoas com ideias interessantes na área cultural, mas simplesmente não sabem como colocá-las no papel. Ou se sabem não tem paciência (tempo) para formatá-las.

Claro que em 2 anos tudo o que foi apresentado não será criado. É algo a longo prazo, assim como todas as metas propostas no I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul do ano passado, onde a maioria das propostas vem se arrastando desde 2007.


Última dica para os futuros conselheiros: Conselho Municipal de Cultura não foi criado só para aprovar projetos.

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