Relação de projetos inscritos e aprovados:
Teatro e circo: 22
projetos encaminhados, sendo 9 aprovados.
Manifestações
culturais: 13 projetos, 6 aprovados.
Artes visuais e
artesanato: 13 projetos, 5 aprovados.
Literatura: 12
projetos, 7 aprovados.
Audiovisual: 11
projetos, 4 aprovados.
Dança: 9 projetos, 5
aprovados.
Patrimônio histórico
cultural material e imaterial: 8 projetos, 3 aprovados.
Patrimônio histórico
cultural edificado: 7 projetos, 3 aprovados.
Artes integradas: 5
projetos, 3 aprovados.
Música: 54 projetos e
apenas 7 (sete) aprovados, sendo 4 com ressalvas. Pode aprovar projeto com
ressalvas? E todos com o valor máximo: 17 mil reais. Por que só projetos com valor limite foram
aprovados?
154 projetos apresentados
e 52 aprovados.
De R$ 1.175.055,00 disponíveis,
foi aplicado R$ 918.216,95. Gerando um saldo de R$ 256.838,10.
Esse saldo representa
15 projetos de 17 mil reais a menos na área de música.
E o pior, esse valor
futuramente vai ser disponibilizado em outro edital e será igualmente repartido
entre as 10 áreas.
Como o conselheiro que
representa a área de música deixa acontecer uma coisa dessas? E o suplente?
Certamente o edital FMC 03/2012 foi o que mais prejudicou os músicos da cidade.
Os números comprovam isso, principalmente se analisarmos a proporção de
projetos apresentados e aprovados.
Quero deixar bem claro
que não tenho nada contra o conselheiro de música, mas tenho contra
quem votou nele. E relembrando, não foi uma eleição unânime.
O que dizer dos
conselheiros das outras áreas? Apenas pensaram em garantir o maior número de
projetos aprovados nas suas competências e dane-se a música?
Dos 20 conselheiros
ninguém percebeu essa desproporção gigantesca?
De 7 projetos aprovados
na área de música, 2 projetos são para gravação de cd, e dos outros 5, pelos
títulos dos projetos, apenas um é para circulação.
Quer dizer que se
depender do Conselho somente um grupo musical, duo no caso, vai se apresentar pela cidade com
recursos do Fundo Municipal de Cultura.
Não há lista de projetos
suplentes em cada área. Quer dizer que se por motivo “de força maior” um dos sete
projetos aprovados não se realizem simplesmente o dinheiro vai continuar na
conta do Fundo e nenhum outro projeto vai ser aprovado.
Como de costume nenhum
dos meus projetos foi aprovado. E para meu espanto, vários proponentes de
projetos musicais também tiveram o mesmo destino.
Será que todos esses
“projetistas”, inclusive eu, desaprenderam a fazer projetos? De um edital para
outro nossos projetos se tornaram insignificantes?
Temos de ser criativos,
a cada edital apresentar uma nova proposta, já que a lei e o conselho não
admitem repetições de ideias ou projetos sequenciais. Mesmo que a proposta tenha sido sucesso
de crítica e público.
Há lógica em projetos
diferentes para um mesmo produto? Ou vale o talento em convencer as pessoas
(conselheiros de cultura e análise técnica), que vale a pena mais do mesmo?
O que me preocupa são
as pessoas que aprovam esses projetos e o rumo que o Fundo Municipal de Cultura
está tomando.
O site com as atas de
reuniões do Conselho está abandonado, a última ata é de 25 de agosto de 2011. As reuniões
não são divulgadas. Comissões de análise técnica também não.
Quem foram os profissionais
contratados para serem os pareceristas do edital FMC 03/2012? Não faço a mínima
ideia.
Projetos cruzados podem
ser aprovados? Tipo o meu irmão que não é músico mandar um projeto para a área
de música para me contratar? Ao menos lendo os sobrenomes dos proponentes que
tiveram projetos aprovados deduzi que isso é permitido.
Então fica a minha
pergunta: Há necessidade do proponente do projeto encaminhar seu currículo para
comprovar atuação na área?
Tudo isto é
consequência dos próprios músicos da cidade, que não comparecem nas reuniões
para escolha de conselheiro para representar a área de música, que não discutem
as leis e os editais, que não fiscalizam outros projetos, que quando tem seus
projetos aprovados tratam logo de executá-lo para se livrar o quanto antes e
esperar outro edital.
Dos que estão com
prestação de contas atrasadas desde o primeiro edital, lá em 2009. Como estão
impedidos de apresentar outros projetos então não tem motivos para se
preocupar.
Dos que não se
candidatam a conselheiro porque não querem deixar de apresentar propostas
durante o mandato.
Dos que só querem saber
de música e não discutem a política cultural local. Tornando os músicos reféns de pessoas que nunca viveram e muito menos estudaram a arte, que a veem apenas
como um hobby, ou coisa de criança.
Dos que já ganharam 3
ou 4 editais seguidos e não tem motivo para se preocuparem porque estão
ganhando. Se estou ganhando por que eu vou participar de alguma reunião sobre
política cultural?
E o que dizer dos que
fazem dos editais culturais uma chance de grana extra sem compromisso? Afinal
de contas, alguém fiscaliza?
Tem também os que
reclamam, mas no momento de organizar um abaixo-assinado, alguma manifestação, ou
simplesmente comparecer a uma reunião ordinária do conselho, ficam com receio de
não terem mais suas propostas culturais aprovadas.
Fica a dica (parodiando
Mário Quintana): Os conselheiros passarão e o fundo passarinho!
Uma triste realidade. Escancarada a falta de ética e bom senso que juntas, compõe um processo de seleção corrupto e, no mínimo, muito obscuro...
ResponderExcluirÉ complicado amigo. Também não tivemos projeto algum aprovado. E soube que um dos aprovados QUASE TEVE DOIS APROVADOS, foi por titica mesmo. Se tivesse acontecido isso eu iria lá tomar satistação. Mas alguma coisa anda mal explicada mesmo, não sei dizer o que é, acho que estamos numa uruca mesmo! E pensar que fomos lá FESTEJAR na SCAR no dia do lançamento dos valores para a cultura. Estamos chupando dedo também. Acho que a cidade quer mesmo é "shows" de Michel Teló, Luana Santaninha e outros "artistas" lamentáveis que tomaram conta do país. Tá difícil lutar contra isso!
ResponderExcluirVocê podia escrever um edital melhor que esses todos que nos são impostos né!? São muito fracos e deixam milhoes de brechas para as pessoas darem o "famoso" jeitinho. Gaste energia nisso, meu amigo. Menos rancor e mais amor pela arte!
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