Dos 3 professores elencados no projeto, apenas um possui
Licenciatura, requisito mínimo para ser professor contratado da Rede Municipal
de ensino.
Indignado com tal situação elaborei 5 perguntas referentes ao que aparecia no site da Secretaria de Educação, e fui pessoalmente procurar
pelo responsável do projeto.
A resposta que eu recebi foi a seguinte:
Achei muito estranho as repostas, contraditórias demais, sendo
que em uma delas eu ajudei a diretora de ensino a responder, afinal de contas,
o que uma Associação privada sem fins lucrativos tem a ver com um projeto
municipal?
O “professor” da referida Associação segundo a própria
diretora de ensino faz trabalho voluntário. Então qual a finalidade de divulgar
isso? Encher lingüiça? Que tipo de credibilidade a Secretaria Municipal de
Educação quer com esse tipo de propaganda?
Trabalhei na Associação de setembro de 2008 até abril de
2011 e nunca vi algum funcionário da Secretaria participar de um ensaio ou de
alguma apresentação feita nesse ínterim.
O professor Sebastião Ricardo fez concurso no final do ano
passado, para professor de Artes efetivo. Realmente o nome dele consta como
professor ACT, mas temos que levar em conta que a partir de agosto do ano
passado o ensino de música nas escolas tornou-se obrigatório.
É estranho contratar um professor ACT para atividades
extra-classe como disse a diretora, que também não queria assinar as respostas,
quando indaguei o porquê, ela só se limitou a assinar sem responder.
No dia 26 de outubro o site da Secretaria de Educação,
especificamente na página do projeto foi alterado para o seguinte:
Dúvidas acessem:
No mesmo dia (03.10.11), à tarde, fui à Fundação Cultural de
Jaraguá do Sul com as mesmas perguntas.
Somente no dia 20 de dezembro eu fui
informado que o meu ofício foi respondido.
Dia 23 de janeiro fui até a Fundação
para buscar o ofício, mas como a funcionária responsável estava de férias, só
no dia 06 de fevereiro eu consegui ter acesso a resposta.
Confiram a resposta da Fundação Cultural sobre o “Projeto de
incentivo à música”:
Esperei 5 meses pra receber uma resposta estúpida dessa! Nem
o currículo do pessoal citado foram capazes de anexar.
Faço 5 perguntas e recebo apenas meia resposta.
Tenho um amigo, colega de profissão, que uma vez entregou um
projeto relacionado à música na Secretaria de Educação aqui de Jaraguá (em
2007, senão me engano).
Ligaram pra ele dizendo que acharam o projeto interessante,
quando disse que não possuía licenciatura, na hora foi descartada a sua
contratação. Além do próprio funcionário da Secretaria dizer que já havia uma
pessoa indicada para a execução do projeto.
O mais interessante é que o projeto aconteceu, mas com outro
professor que tem licenciatura.
Vasculhando o Google olhem só o que encontrei por
coincidência:
Agora eu entendo de onde veio a indicação...
No dia 23 de fevereiro desse ano aparece no site da Fundação
Cultural a seguinte notícia:
http://cultura.jaraguadosul.com.br/modules/news/article.php?storyid=749
aqui o mesmo “professor” que aparece no site da Secretaria de educação aparece
também no Programa Cultura nos bairros.
O que me resta, como profissional da área de música, pensar
a respeito do “Projeto de incentivo à música”? E do programa “Cultura nos
bairros”? Do nada lançam esses projetos, contratam “professores” sem nem ao
menos lançarem um edital e ainda não sabem responder com base nas leis
municipais.
Acesso a página da Fundação Cultural quase que diariamente e
nunca vi uma convocação ou processo seletivo para participação de profissionais
nesses projetos. Simplesmente convidam quem eles bem entendem.
Fiz meu cadastro no site http://cultura.jaraguadosul.com.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=440
e nunca recebi um e-mail de confirmação! E olha que eu me cadastrei em 2008.
Interessante é ter de ouvir de um funcionário da própria
autarquia dizer se eu achava que desligando um dos professores do projeto a
Fundação iria me contratar.
O simples fato de eu questionar algo obscuro aparenta um
pedido de emprego, ou de bico, pois não faço a mínima ideia de que maneira foi
feita a contratação desse pessoal (CLT, ACT ou comissionado).