Reflexões sobre o
FEMUSC
O que houve com os
grupos de música instrumental de Jaraguá do Sul? Não vi a participação de
nenhum durante todo o Festival de Música de Santa Catarina! Quando digo
participação é uma apresentação como destaque durante a programação oficial do
evento.
Nem Orquestra de cordas
da SCAR (que estava em turnê pela Europa), nem Orquestra Filarmônica da SCAR -
Jaraguá do Sul, nem Banda Municipal de Jaraguá do Sul, nem grupos de câmara e
demais associações musicais presentes na cidade.
No próximo ano o FEMUSC
vai para a sua oitava edição, será que até lá vamos ter um grupo com nível
técnico suficiente para se apresentar no festival ou a interferência do ego de
algumas pessoas vai impedir?
Vamos nos contentar com
a distribuição de bolsas para integrantes de alguma associação musical da
cidade? Como fica o aprendizado deles durante o resto do ano? Dependente da
aprovação de algum projeto? De patrocínio? Paitrocínio?
Sete anos de FEMUSC já
se passaram e Jaraguá ainda não possui um corpo musical profissional estável.
Refiro-me a uma Orquestra, independente de ser sinfônica ou de câmara, ou uma
banda sinfônica ou marcial, com músicos recebendo salário, registrados em
carteira e que apresente para a comunidade uma programação para o ano todo.
Vejamos o exemplo de
Joinville.
Todo ano acontece o
Festival de dança de Joinville, isso foi decisivo para a criação da primeira
Escola do Teatro Bolshoi fora da Rússia. E em Jaraguá, será que algum dia teremos
uma escola de música ou uma orquestra sinfônica da grandeza do Ballet Bolshoi?
Enfim, qual a
contribuição social do FEMUSC para a cidade? No meu ponto de vista poderia ir além
de meia dúzia de bolsas para alunos residentes na cidade e dezenas de concertos
diários gratuitos durante as duas semanas de festival.
Como fica a música
erudita de Jaraguá pós-FEMUSC? Quando veremos uma orquestra sinfônica se apresentar
novamente por aqui?
Eder Rodrigo Witkowsky