As metas e ações
culturais debatidas estavam já elencadas e podem ser conferidas no seguinte link:
http://www.jaraguadosul.sc.gov.br/uploads/informativo_2012_conselhos_municipais_cultura_metas_proposta.pdf
Essas metas e
ações foram sugeridas e debatidas em 2007 e 2009 (na I e II conferência
respectivamente). Agora estávamos em 2012 novamente discutindo as mesmas metas
e de 2007 até agora só o Fundo Municipal
de Cultura foi criado.
Participei da
oficina de Gestão pública da cultura, a qual possuía 10 metas para serem
cumpridas nos próximos anos. No caso as metas não poderiam ser alteradas,
somente as ações para atingirmos as metas (a segunda coluna no documento), a
execução (terceira coluna) e os prazos para a realização das metas (quarta
coluna respectivamente).
Imaginem
discutir 10 itens em apenas duas horas e meia.
Só o primeiro
item e as ações para a realização do mesmo era assunto para um dia inteiro de debate.
E não só debate, mas demonstrações de estudos de localização, custos,
planejamento, logística, impacto social, e mais uma série de exemplos
comparativos para uso na elaboração de argumentação para provar se realmente é
necessária a criação de uma Casa de Cultura.
Um dia antes do
Seminário preparei os meus argumentos para as metas que eu não concordava, com
o intuito de debater e argumentar com qualidade.
Nem terminei de
ler o meu primeiro argumento da primeira ação a ser realizada e já fui gentilmente
cortado pela coordenadora da oficina Edilma Lemanhê, que é a atual gerente da
SCAR e Conselheira do Fundo Municipal de Cultura.
O relator da
oficina era o Loreno Hagedorn, ex-gerente da SCAR, e também membro do Conselho
Municipal de Cultura. Tínhamos que terminar de debater (ou simplesmente
concordar) com os 10 itens até às 16:30 (detalhe a oficina começou depois das
14 horas).
Segundo a
coordenadora se continuássemos nesse nível (tempo, não qualidade) de discussão
não terminaríamos todas as metas, para depois aprovarmos na plenária final,
junto com os outros participantes das outras oficinas, que seria realizada logo
em seguida.
O objetivo de um
seminário é a transmissão dos participantes de seus conhecimentos adquiridos,
no caso, na área cultural. O que aconteceu no dia 17 não pode ser chamado de
seminário, infelizmente.
Fiquei com a
impressão que apenas convocaram os artistas locais para juntar assinaturas e
dar a sensação de que fizemos algo importante. Quando na verdade apenas
perpetuamos uma política cultural ineficiente, uma ação entre amigos que acham
que fomentam a cultura jaraguaense.