A reunião para escolha
do novo Conselheiro Municipal de Cultura (ConCultura) da área de música, acontecerá amanhã,
terça-feira (28.05), às 19 horas, no Museu Histórico Emílio da Silva.
Continuando o que
prometi na semana passada, mais algumas ideias para serem implantadas nas
próximas reuniões do ConCultura:
1-Criação de uma
plataforma virtual para cadastramento de eleitores e candidatos para o cargo de
conselheiro municipal de cultura.
2-O mesmo cadastro deve
ser aproveitado para proponentes de projetos culturais, algo semelhante ao
Salic Web e Funcultural. A participação em editais culturais vai depender da
participação dos proponentes nas eleições para conselheiro. Ao menos essa foi a
única maneira que encontrei de evitarmos eleitores, candidatos e proponentes
“turistas” (pessoas que você só descobre que é artista quando tem a lista com
os projetos homologados, com as típicas propostas “vai que é aprovado”).
3-Todas as prestações
de contas pedem fotos, vídeos, folders, etc. Está na hora de
disponibilizar esse material no mundo virtual. Não as notas fiscais e recibos,
mas apenas o material que comprove que o projeto foi realizado. Está na hora de
atualizar o site do ConCultura, não apenas com atas e resoluções, mas com a
lista de todos os projetos aprovados até o momento e material que comprove a
sua realização.
4-Projetos de
audiovisual, gravação de cd, DVD, livros, e afins, após o seu lançamento
deveriam ficar disponíveis para download ou pelo menos para
visualização/audição de forma gratuita na internet. Não é dinheiro público? E
se possível disponível no mesmo site do ConCultura. Isso permite que pessoas de
outros estados e países saibam o que está acontecendo na cena cultural de
Jaraguá do Sul.
5-Curso ou oficina de
elaboração de propostas culturais. Já que no último edital dezenas de projetos
foram indeferidos por apresentarem erros, está na hora do ConCultura oferecer
um curso de capacitação em projetos culturais, mas com pessoal “top” (Fundação Getúlio
Vargas ou Itaú Cultural). Projeto cultural é algo bem diferente de preencher
formulários.
6-Revisar a questão do
Fundo não aprovar projetos sequenciais ou de continuidade, projetos que deram
certo merecem ser continuados, assim como permitir que um projeto possa
percorrer todas as escolas ou bairros de Jaraguá do Sul. Projetos de formação
de público não dão resultados em apenas alguns meses ou um ano.
7-Criar um grupo
musical estável (Orquestra sinfônica municipal, ou uma banda sinfônica
municipal, ou uma banda marcial municipal, ou todas!). Mas já existe uma banda
municipal! Sim, mas agora ela está tocando? Quem está trabalhando lá? É um
projeto de banda ou uma banda que ensaia regularmente sem depender de projetos
ou de algum “jeitinho” brasileiro para colocar alguém lá para garantir um
“extra”? O pouco que eu li da lei que institui o Fundo Municipal de Cultura
isso não é impossível, basta o Conselho abraçar a ideia, definir as pessoas que
vão encabeçar o projeto e os profissionais para desenvolverem o trabalho. Mas
profissionais mesmo, e de preferência gente imparcial. Lugar Jaraguá tem de
sobra, nem que o local de ensaio seja embaixo de uma arquibancada da Arena
“UFC” Jaraguá. É um começo. Mas por favor, comecem do zero que é melhor! Não
curto a ideia de pegar bandas capengas e apenas jogar o título municipal e
achar que resolveu a questão.
8-Rever a questão da
remuneração dos proponentes de projetos ficar limitada a 20% do valor total da
proposta. Não me obriguem a ter de colocar num projeto simples, do tipo tocar
na frente do Museu Municipal, 3 ou 4 pessoas além de mim para eu poder receber
um cachê decente. Ou, mandar o projeto em nome de outra pessoa e obrigá-la a me
contratar.
9-O cadastro cultural.
Pelo menos os proponentes de projetos, aprovados ou não, deveriam receber
mensagens de e-mail comunicando as datas com reuniões ordinárias e
extraordinárias do Conselho Municipal de Cultura. Fez um ano no dia 17 de março
que aconteceu o I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul, e lá foi
combinado que esse cadastro cultural seria criado.
10-Incubadora de
projetos culturais. Algo parecido com o que acontece na Jaraguá Tech. Existem
dezenas de pessoas com ideias interessantes na área cultural, mas simplesmente
não sabem como colocá-las no papel. Ou se sabem não tem paciência (tempo) para
formatá-las.
Claro que em 2 anos
tudo o que foi apresentado não será criado. É algo a longo prazo, assim como
todas as metas propostas no I Seminário de Política Cultural de Jaraguá do Sul
do ano passado, onde a maioria das propostas vem se arrastando desde 2007.
Última dica para os
futuros conselheiros: Conselho Municipal de Cultura não foi criado só para
aprovar projetos.