Conforme publicado nessa postagem http://www.ederw.blogspot.com.br/2012/07/processo-eleitoral-do-conselho-nacional.html no mês de outubro foram escolhidos os delegados titulares para as setoriais que formam o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).
A votação ocorreu de 18 a 23 de outubro, por meio da plataforma virtual do processo eleitoral.
Votaram 2.347 eleitores, correspondentes 81,9% do total de eleitores validados, sendo registrados 2.301 votos válidos e 46 votos nulos.
Foram eleitos 444 candidatos como delegados titulares e 10 como suplentes.
Os delegados eleitos representarão os respectivos segmentos culturais nos Fóruns Nacionais Setoriais, que acontecerão nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, em Brasília, ocasião em que serão eleitos os membros dos 17 Colegiados Setoriais e seus representantes no Plenário do Conselho Nacional de Política Cultural.
O estado de Santa Catarina, na setorial de música, teve apenas 5 eleitores. Na setorial de música de todos os estados brasileiros 306 eleitores inscritos puderam votar.
Destaques positivos: O estado do Paraná participou com 54 eleitores e São Paulo com 61. Destaques negativos: Acre e Roraima não tiveram eleitores.
Dos 5 eleitores catarinenses, 3 eram candidatos e apenas 4 votaram, sendo eu um dos eleitores. Fato esse que segundo cálculo estipulado pela lei eleitoral permitiu apenas um delegado para o estado de Santa Catarina na setorial de música.
O delegado eleito foi o músico Flavio Cesar Nunes Araujo.
Um grupo de discussão para a setorial de música do estado de Santa Catarina foi criado no Facebook pelo próprio Flavio https://www.facebook.com/groups/376537549094619/
O que percebo dos músicos é que a maioria, uns 95%, não querem se incomodar. O processo de inscrição e eleição era completamente virtual. Passar um documento para PDF não é o fim do mundo e nem algo complexo ou demorado, mas parece que os músicos andam muito ocupados.
O grupo de discussão criado no facebook tá parado, ninguém tem ideias, propostas ou sugestões. Apresentei algumas sugestões mas os participantes não dizem se concordam ou não.
É legal que em ano eleitoral sempre tem os candidatos que se dizem da cultura e nesses casos alguns músicos encontram tempo para compartilharem e-mail, ou mensagens em redes sociais pedindo apoio.
Aquele velho papo que os artistas têm de ter um representante e tal. Na boa, cultura não dá voto e o tempo provou isso.
O CNPC proporcionou cada estado escolher o seu representante e vejam o que aconteceu...
É inadmissível o estado de Goiás, terra de Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, Amado Batista, Bruno & Marrone, Léo Jaime entre outros, ficar sem representante.
Nenhum aluno ou professor do curso de música da Universidade Federal de Goiás teve interesse em participar?
Ninguém de Goiás teve inscrição validada. Ou não enviaram os documentos necessários para a validação do cadastro ou esses documentos não eram suficientes para comprovar que eram realmente músicos.
Logo o estado mais próximo de Brasília.
O mesmo ocorreu com Minas Gerais, estado com várias universidades de música e com músicos de reconhecimento nacional (Skank, Zé Geraldo, Paula Fernandes, Gusttavo Lima, entre outros).
Sem falar dos músicos de orquestra sinfônica, parece que por serem funcionários públicos já estão pensando no que vão fazer com a aposentadoria.
Pode ser que todo esse pessoal nem ficou sabendo ou nem sabia que existe um Conselho Nacional de Política Cultural. Repito o que escrevi na postagem que falava das eleições: Foi mal divulgado.
Um dos delegados da setorial de música do estado de São Paulo é o compositor Mario Ficarelli.
Se o CNPC vai resolver ou melhorar alguma coisa ainda é cedo para críticas. Vejo nos delegados eleitos uma oportunidade de cada estado e principalmente cada segmento (música, teatro, circo e outros 14) ter suas reivindicações ou ideias levadas pessoalmente para Brasília.
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