1° de julho de 2012, começava mais um Campeonato Catarinense da Divisão Especial, conhecido como a
Série B do Campeonato Catarinense. O jogo era Juventus contra o Atlético de
Tubarão, no ressuscitado estádio João Marcatto.
Enquanto políticos de
segunda divisão prometiam patrocínios de 200 mil reais pessoas de bom coração
resolveram arregaçar as mangas e montar um time de futebol.
Uma dívida inicial de
35 mil reais deveria ser paga para que o Juventus pudesse disputar o
Campeonato. Compromisso assumido pelo Jornal Correio do Povo.
Começa o jogo, um
público aproximado de 2 mil pessoas, bom público para um início de campeonato.
Empate em 0 a 0.
Segundo jogo era fora
de casa, derrota para o Concórdia pelo placar mínimo.
A partir daí começou
uma queda no público dos jogos do Juventus. Pelos vídeos que acompanhei das
partidas do Moleque travesso fora de casa, de longe o João Marcatto era o melhor
estádio da competição como também o melhor gramado. Exceção do Caxias que
jogava na Arena do JEC.
As poucas pessoas que
vinham aos jogos criticavam mais do que para torciam. Tinha torcedor que só
sabia xingar, mas o nome do jogador não sabia.
O jogo contra o XV de
outubro de Indaial, realizado no sábado 22/09, à noite, não contava com 300
torcedores.
O recorde negativo foi
o último jogo do returno contra o Guarani de Palhoça. Nem 150 pessoas, contando
os jogadores em campo, imprensa, vendedores ambulantes.
Tudo bem que era um
jogo atípico, que a derrota interessava para o Juventus que com apenas 4 titulares
foi derrotado por 3 a 1. Deixando seus 150 torcedores revoltados.
Destaca-se a divulgação
dos jogos que, na minha opinião, foi muito mal feita. Algumas placas perdidas
pela cidade, jornais divulgando horário e dia errado.
Felizmente, a partir
das semifinais do returno a coisa começou a decolar. Novamente Juventus contra
Atlético de Tubarão se enfrentaram aqui em Jaraguá, com o Juve precisando
vencer.
Tomamos um gol no
começo do jogo, mas graças ao apoio da torcida e principalmente a competência dos
jogadores viramos e na mesma noite além de garantirmos a vaga para a final do
returno da competição garantimos a vaga para a elite do futebol catarinense.
No jogo havia um
público de aproximadamente 2.500 pessoas. Bom público.
Aplausos para os
jogadores do Guarani de Palhoça pelo profissionalismo, que mesmo vencendo o
turno e garantindo vaga na final do Campeonato, venceram o Imbituba e
“ajudaram” o Juventus na volta a Série A.
Esse ano o Imbituba foi
o único time que o Juventus não conseguiu vencer. Um empate em casa e uma
derrota fora.
A derrota em casa para
o Bugre teve as suas vantagens.
A decisão do returno
foi aqui em Jaraguá, no melhor jogo do Juventus desse ano. Novamente precisando
vencer para ser campeão do returno o Juve jogou fácil e venceu o Bugre de
Palhoça por 3 a 0, com 2 golaços do atacante Lourival.
Mais de 3 mil pessoas
no jogo.
A final do Campeonato,
novamente contra o Guarani teve o maior público de todos. Foi nostálgico ver o
João Marcatto quase lotado, mais de 5 mil pessoas, muitos foguetes, muita
festa, véspera de feriado.
Pena que o final não
foi perfeito, empatamos sem gols. Jogo truncado e que se tivesse mais um tempo
não alteraria o placar.
Serviu para mostrar que
é possível lotar o estádio com bons jogos, afinal esse ano foi a Segundona de
SC, ano que vem vamos receber Criciúma, Figueirense, Avaí, Joinville,
Chapecoense e outros times, enfim vai voltar aquela rivalidade da década de 90,
quando eu treinava nas categorias de base do tricolor jaraguaense.
Pena que naquela época
não havia uma estrutura séria. Lembro que ficava duas tardes por semana fazendo
rachão no campo da recreativa ao lado do estádio, sem nenhum treino técnico ou
tático. Quando me liguei nisso resolvi não continuar mais.
Foto de 1992 ou 93,
eu sou o goleiro com a camisa do Corínthians. Era Ronaldo Giovanelli do Jaraguá
esquerdo (Rs). Foi uma preliminar para o jogo Juventus e Criciúma. Lembrando que o Criciúma vinha como
campeão invicto da Copa do Brasil de 1991 e um quinto lugar na Libertadores da
América de 1992. Naquela ocasião o Juventus perdeu por 1x0. Fui também um dos
gandulas daquele jogo.
Daquela geração nenhum
vingou. Fica a dica para a diretoria: profissionalizar as categorias de
base. Uma peneira nas escolas de Jaraguá
também seria interessante, afinal de contas talento, não só para o esporte como
para a arte, se descobre na escola.