terça-feira, 6 de novembro de 2012

Juventus na Série A.



1° de julho de 2012, começava mais um Campeonato Catarinense da Divisão Especial, conhecido como a Série B do Campeonato Catarinense. O jogo era Juventus contra o Atlético de Tubarão, no ressuscitado estádio João Marcatto. 

Enquanto políticos de segunda divisão prometiam patrocínios de 200 mil reais pessoas de bom coração resolveram arregaçar as mangas e montar um time de futebol.

Uma dívida inicial de 35 mil reais deveria ser paga para que o Juventus pudesse disputar o Campeonato. Compromisso assumido pelo Jornal Correio do Povo.

Começa o jogo, um público aproximado de 2 mil pessoas, bom público para um início de campeonato. Empate em 0 a 0.

Segundo jogo era fora de casa, derrota para o Concórdia pelo placar mínimo.

A partir daí começou uma queda no público dos jogos do Juventus. Pelos vídeos que acompanhei das partidas do Moleque travesso fora de casa, de longe o João Marcatto era o melhor estádio da competição como também o melhor gramado. Exceção do Caxias que jogava na Arena do JEC.

As poucas pessoas que vinham aos jogos criticavam mais do que para torciam. Tinha torcedor que só sabia xingar, mas o nome do jogador não sabia.

O jogo contra o XV de outubro de Indaial, realizado no sábado 22/09, à noite, não contava com 300 torcedores.

O recorde negativo foi o último jogo do returno contra o Guarani de Palhoça. Nem 150 pessoas, contando os jogadores em campo, imprensa, vendedores ambulantes.

Tudo bem que era um jogo atípico, que a derrota interessava para o Juventus que com apenas 4 titulares foi derrotado por 3 a 1. Deixando seus 150 torcedores revoltados.

Destaca-se a divulgação dos jogos que, na minha opinião, foi muito mal feita. Algumas placas perdidas pela cidade, jornais divulgando horário e dia errado.

Felizmente, a partir das semifinais do returno a coisa começou a decolar. Novamente Juventus contra Atlético de Tubarão se enfrentaram aqui em Jaraguá, com o Juve precisando vencer.

Tomamos um gol no começo do jogo, mas graças ao apoio da torcida e principalmente a competência dos jogadores viramos e na mesma noite além de garantirmos a vaga para a final do returno da competição garantimos a vaga para a elite do futebol catarinense.

No jogo havia um público de aproximadamente 2.500 pessoas. Bom público.

Aplausos para os jogadores do Guarani de Palhoça pelo profissionalismo, que mesmo vencendo o turno e garantindo vaga na final do Campeonato, venceram o Imbituba e “ajudaram” o Juventus na volta a Série A.

Esse ano o Imbituba foi o único time que o Juventus não conseguiu vencer. Um empate em casa e uma derrota fora.

A derrota em casa para o Bugre teve as suas vantagens.

A decisão do returno foi aqui em Jaraguá, no melhor jogo do Juventus desse ano. Novamente precisando vencer para ser campeão do returno o Juve jogou fácil e venceu o Bugre de Palhoça por 3 a 0, com 2 golaços do atacante Lourival.

Mais de 3 mil pessoas no jogo.

A final do Campeonato, novamente contra o Guarani teve o maior público de todos. Foi nostálgico ver o João Marcatto quase lotado, mais de 5 mil pessoas, muitos foguetes, muita festa, véspera de feriado.

Pena que o final não foi perfeito, empatamos sem gols. Jogo truncado e que se tivesse mais um tempo não alteraria o placar.

Serviu para mostrar que é possível lotar o estádio com bons jogos, afinal esse ano foi a Segundona de SC, ano que vem vamos receber Criciúma, Figueirense, Avaí, Joinville, Chapecoense e outros times, enfim vai voltar aquela rivalidade da década de 90, quando eu treinava nas categorias de base do tricolor jaraguaense.

Pena que naquela época não havia uma estrutura séria. Lembro que ficava duas tardes por semana fazendo rachão no campo da recreativa ao lado do estádio, sem nenhum treino técnico ou tático. Quando me liguei nisso resolvi não continuar mais.


Foto de 1992 ou 93, eu sou o goleiro com a camisa do Corínthians. Era Ronaldo Giovanelli do Jaraguá esquerdo (Rs). Foi uma preliminar para o jogo Juventus e Criciúma. Lembrando que o Criciúma vinha como campeão invicto da Copa do Brasil de 1991 e um quinto lugar na Libertadores da América de 1992. Naquela ocasião o Juventus perdeu por 1x0. Fui também um dos gandulas daquele jogo.

Daquela geração nenhum vingou. Fica a dica para a diretoria: profissionalizar as categorias de base.  Uma peneira nas escolas de Jaraguá também seria interessante, afinal de contas talento, não só para o esporte como para a arte, se descobre na escola.