O resultado das
eleições 2012 em Jaraguá teve um final interessante, até certo ponto
irônico.
Ficou a prova que
santinho, carreata, bandeira, placa, camisa, adesivo, aperto de mão, tapinha
nas costas, cordialidade, amizades de última hora, ônibus com equipe de
campanha, boca de urna, fotos com museus e “cagalhões” da política e etc. não
garantem votos.
O triste é ver a cidade
suja, toneladas de papel jogado nas ruas e trabalho para pessoas que na sua
maioria nada tem a ver com partidos políticos.
Gostaria que nas
próximas eleições toda a propaganda política fosse retirada já na quinta-feira
que antecede o domingo, dia da eleição. É nojento andar pela cidade e ter de
continuar vendo foto de gente que não fez 500 votos e ficou amuadinho.
Provavelmente a forma
de protestar desses infelizes vai ser a de deixar por alguns meses essas fotos
e frases ridículas apodrecendo pela cidade.
Quero deixar o meu
abraço para as viúvas do Moacir, que me surpreendeu. Quando ouvi a apuração da
primeira urna na qual ele recebeu 27 votos as risadas foram inevitáveis.
Lembrei a carreata dos mil carros mencionado nos comentários do site do Peron.
Acho que eram os votos
dos 27 carros que eu vi na mesma carreata.
Aproveitar também para deixar
os pêsames aos viúvos da Cecília e família, que ficaram até a madrugada de hoje
para retirarem todo o material que sobrou da campanha dos seus comitês
certamente para não pagar o aluguel desse mês.
Já aos vitoriosos
parabéns! Na minha visão foi feita uma coligação para ganhar eleição, o primeiro
objetivo foi alcançado. Os próximos dois anos vão definir se foi feita uma coligação
para governar. A minha preocupação é que é muita gente, muito candidato a
vereador que não foi eleito e que não vai querer sair no prejuízo.
Não sou de fazer
previsões, mas vou me arriscar. Os dois primeiros anos vão ser para acomodar
essa galera. Rachas vão acontecer, toda festa boa sempre tem uma briga. Depois
o foco vai ser a reeleição do Chiodini e por último a reeleição do Dieter.
Quanto a câmara de
vereadores para alguns eleitos vale a máxima: “O crime compensa”. Acho que vai ser mais um mandato que não
saberemos exatamente quem vai ser oposição ou situação.
Como o Dieter ganhou
disparado vai ter muito vereador fazendo média para tentar ter o seu apoio numa
candidatura para deputado estadual ou federal.
Quero destacar também a
quantidade de votos nulos, brancos, e abstenções que somados chegaram quase a
20%. Eu anulei o meu voto e não lavei as minhas mãos, nessa eleição um voto a
mais ou a menos não fez diferença para nenhum candidato. Inclusive a vereador.
Podem ficar tranquilos
que não vou procurar o Dieter para choramingar um cargo na Fundação Cultural ou
na Secretaria de Educação, me sinto mais útil com os meus projetos, sejam de
recitais ou educativos, onde eu tenho que realizar um trabalho dentro de um
tempo planejado e apresentar resultados.
Com essa postagem
encerro o ciclo eleitoral e vou voltar ao foco do blog que é política cultural.
Até o final do ano ou início do ano que vem vou dar algumas sugestões para a
política cultural municipal para os próximos 4 anos.