Com o vice-campeonato
da segunda divisão catarinense e o compromisso assumido pela atual diretoria de
manter a base do time que conseguiu o acesso para a série A, a torcida do
tricolor jaraguaense criou expectativas para o Campeonato Catarinense Chevrolet
2013.
Ainda no primeiro
turno, quando a equipe se preparava para o confronto contra o algoz da
segundona, o Guarani de Palhoça, já corriam notícias de que o departamento
financeiro do clube não estava nada bem. Apesar das parcerias fechadas com a
Kaiapós Têxtil, Dixxye Personalizados, Tronic Calçados, O Correio do Povo,
Metalnox, e a Casas da água.
Uma “vaquinha” para
pagar o hotel ou o ônibus foi feita para o time jogar naquele final de
semana. O presidente Jerri Luft ligou para a Rádio Jaraguá AM para pedir o
apoio da torcida e dos empresários locais para patrocinarem o time, já quase no
final do primeiro turno.
O Juve foi lá e ganhou
por 1x0.
Da minha parte esperava
que alguma das grandes empresas de Jaraguá do Sul fosse bancar a ideia. Domingo
(17.03) essa esperança morreu.
Vários atletas
abandonaram o clube. Imagina trabalhar numa empresa por quase 4 meses, com
contrato assinado, e não receber nada? Quem continuaria? E por 7 meses então?
O técnico Pingo (Luís
Roberto Magalhães), ao saber que o técnico do Sport Clube Jaraguá assumiria o
Grêmio Esportivo Juventus, também saiu. Acho que todo o potencial econômico que
a cidade de Jaraguá do Sul tem, ou aparenta ter, foi o que iludiu o ex-jogador
do Botafogo, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro e Corínthians, a continuar treinando a
equipe.
Depois que o time foi
desfeito e a comissão técnica perdida, apareceram os “amigos” do Juventus.
Pagaram 10 mil reais para os jogadores que estavam no jogo do último domingo e
ofereceram mais 10 mil como “bicho” em caso de vitória.
Interessante foi o papo
desses “amigos” do Juventus que tinham interesse em assumir a presidência do
clube. A atual diretoria teria de renunciar para que esses “amigos”
assumissem.
Agora começo os
questionamentos:
Onde estavam esses “amigos”
do Juventus no início do ano passado, quando não se ouvia mais falar do
Juventus e o estádio João Marcatto estava completamente abandonado, cheio de
mato e com as contas de água, luz e telefone atrasadas?
Quando houve eleições
para escolha da nova diretoria, porque esse pessoal que tinha interesse em
assumir o clube não se candidatou? O Jerri Luft foi lá, colocou a cara pra
bater e atingiu os objetivos. Com um monte de pendências montou um time que subiu
para a série A. Além de adequar o estádio para poder participar do Campeonato 2013.
Lembro algumas
entrevistas que ele deu dizendo que o Juventus não tinha mais dívidas, que
agora era só pensar pra frente, mas quase 4 milhões em ações trabalhistas não
desaparecem da noite para o dia.
Um dos terrenos em que
se encontra a maior arquibancada descoberta do estádio João Marcatto foi a
leilão no final do ano passado se não me falha a memória.
Esse é o legado maldito
de pessoas que passaram pela diretoria do Juventus na década de 90 apenas para
estragar o futebol jaraguaense. Os conselheiros dessa época também têm culpa,
deixaram acontecer e depois simplesmente abandonaram o cargo com aquela velha
história do eu não sabia.
Parece que esses
“amigos” estavam torcendo para não dar certo. No pior momento aparecem oferecendo
ajuda, mas com várias condições. Ontem a tarde foi informado que eles
desistiram de assumir o clube. O técnico Pingo disse que não volta mais pra
Jaraguá do Sul antes de acertar os 7 meses que o clube lhe deve.
Esse seria o motivo dos “amigos” do Juventus desistirem.
Porque eles não fizeram
essa proposta semana passada?
Será que eles iriam
ficar enciumados caso patrocinassem o time e o presidente Jerri Luft entrasse
para a história como o presidente que levou o clube para a série D do
Campeonato Brasileiro e quem sabe a chance de disputar uma Copa do Brasil?
Comentaram que várias
empresas não patrocinaram porque no projeto não constava um departamento de
marketing. Custava alguns desses “amigos” falar isso para o presidente? Ou um
deles oferecer o serviço por um preço camarada, já que um desses “amigos” é
dono de uma empresa de publicidade.
Temos uma tradicional
fábrica de bonés na cidade e não temos mais bonés do Juventus.
E os vereadores eleitos
que iam aos jogos pedir votos? Os políticos em geral, cadê?
Não votei em ninguém, não me iludi com essa promessa de ajuda ao Juventus em troca de votos. Pelo
conhecimento que tenho de política cultural muita coisa se aplica aos esportes
também, e verba pública para entidades com documentação irregular é quase
impossível. Claro que existem os jeitinhos, mas não do jeito que foi anunciado.
Jaraguá do Sul é uma
cidade que consome cerca de 500 mil comprimidos de antidepressivos por mês. A
criminalidade aumenta todos os anos. O desemprego também. Não temos um parque
público para caminhadas e atividades físicas.
Para quem não curte
baladas e bebidas qual vai ser a diversão do final de semana?
Dizem que a pista de
atletismo da nossa cidade está pronta, mas não está. Para mim aquilo lá ainda é
um esboço. Não tem nem luz elétrica. Nunca foi usada e vai ser reformada.
Nos quiosques da Malwee
num sábado a noite houve brigas. Acredito que logo logo esse espaço vai ficar
restrito a funcionários ou somente em período diurno.
Enfim, o Juventus é uma
distração para o final de semana, às vezes para o meio de semana. Gosto de ir
lá para rir, gritar, ouvir bobagens e torcer. Ultimamente o número de famílias
e mulheres estava aumentando a cada jogo. Esse ano já teve público superior a 4
mil pagantes.
Mas, para as empresas da
cidade isso não parece ser muito interessante. É melhor estimular as pessoas a
ficar em casa no final de semana cultivando o seu stress e assistindo
televisão.
Vou dar duas sugestões
para resolver esse inconveniente do Grêmio Esportivo Juventus, claro que para a
próxima competição, porque do jeito que está se não cair para a segunda divisão
novamente teremos o que comemorar esse ano:
1-Fazer um projeto
procurando por 20 a 25 empresas da cidade que demonstrem interesse em adotar um
atleta para a temporada.
Acredito que dessa maneira
não vai sobrecarregar nenhuma empresa. Claro que dificilmente vai aparecer uma
camisa de time de futebol com o nome de 20 empresas ou mais, aí vira
classificados de jornal. Essa parte do marketing fica para o futuro
departamento de marketing do clube, que hoje em dia é tão importante quanto os
jogadores.
Diretoria, por favor
tirem aquele bandeirão podre atrás do gol e coloquem um painel com os
patrocinadores, quem sabe um placar eletrônico com painel de mídia externa.
Comprar é caro, então como os compromissos oficiais do Juventus duram apenas
alguns meses, aluguem.
2- Montar um time na
base do Crowdfundig, mais conhecido como Financiamento coletivo ou Financiamento colaborativo, é a obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa.
O termo é muitas vezes usado para descrever especificamente ações na Internet com o objetivo de arrecadar dinheiro para artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e start-ups, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros.
Já imaginou se a ideia pega? Conseguir montar um supertime jogando com a camisa sem patrocinador?
Nem os grandes clubes do Brasil conseguem mais fazer isso.
Pode ter o planejamento que quiser, para 1 ou 10 anos, mas sempre haverá a necessidade de dinheiro e muito dinheiro. Duvido que alguma empresa vai bancar projeto para formar jogadores. Interessante mesmo é aparecer na televisão e de preferência no uniforme do time campeão.
O que seria da vida sem os sonhos.
O termo é muitas vezes usado para descrever especificamente ações na Internet com o objetivo de arrecadar dinheiro para artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e start-ups, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros.
Já imaginou se a ideia pega? Conseguir montar um supertime jogando com a camisa sem patrocinador?
Nem os grandes clubes do Brasil conseguem mais fazer isso.
Pode ter o planejamento que quiser, para 1 ou 10 anos, mas sempre haverá a necessidade de dinheiro e muito dinheiro. Duvido que alguma empresa vai bancar projeto para formar jogadores. Interessante mesmo é aparecer na televisão e de preferência no uniforme do time campeão.
O que seria da vida sem os sonhos.